Na Europa, 41% da população troca de marca devido ao tipo de embalagem utilizado
O evento Pack Trends, promovido pelo Instituto de Embalagens, trouxe ao Brasil tendências e inovações no mercado de embalagens. Entre as apresentações, a empresa Pro Carton explicou, por exemplo, que 41% da população europeia trocou de marca por conta da embalagem utilizada pelas empresas
Entre os temas mais interessantes apresentados sobre o futuro das embalagens, vale destacar a preocupação em relação tanto à sustentabilidade, como para segurança e conveniência. “A geração dos millenials é mais solidária às causas em geral, como ao veganismo, por exemplo. Já a população idosa representa 11% da população do Brasil, tem poder de compra e necessidades especiais, como alimentos e produtos de higiene pessoal, entre outros”, explicou Assunta Camilo, diretora do Instituto.
Embalagens e a sustentabilidade no Brasil
Para Assunta, tanto o consumidor como as marcas devem buscar por embalagens de menor impacto ambiental. “Sabonetes em barra, shampoo e linhas de papel recicláveis estão crescendo. Porém, há coisas que precisamos questionar para não cair no greeenwashing. Sustentabilidade combina com verdade e honestidade”, lembrou.
No Brasil, apenas 4% dos resíduos sólidos recicláveis são enviados para o processo de reintegração ao processo produtivo. Trata-se de um índice muito abaixo de países como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, por exemplo, que apresentam média de 16% de reciclagem, segundo a ISWA (International Solid Waste Association).
O pouco reaproveitamento dos materiais recicláveis (que inclui as embalagens), consequentemente, gera um custo para o país. De acordo com um estudo da Abrelpe, em 2019, o envio de recicláveis para aterros e lixões nas cidades brasileiras levou a uma perda de R$ 14 bilhões anualmente.
Mercado internacional
Um outro ponto trazido por Benjamin Trent, consultor da pesquisadora Smithers Pira, disse que a indústria global de embalagens movimentou US$ 1,2 trilhão em 2023 e deve crescer 3,6% no período de 2023 a 2028. Segundo ele, a região Ásia-Pacífico responde por 40% desse total e a categoria de embalagens industriais e de transporte representa 43% das vendas globais.